Se tivermos um instante para reflexões, e olharmos atentamente a nossa volta,
inevitavelmente constataremos que a morte é a grande senhora de tudo o que é
criado, seja de uma forma ou de outra. Pois tudo que existe, está, e isso é
fato, submetido à segunda lei da termodinâmica: à entropia1. Portanto,
como se conhece sobejamente, utilizamos, ou se é utilizado, todo capital
energético até morrer. Tudo Isso ainda é um grande mistério, sejamos espíritas,
espiritualistas, evangélicos, católicos, não conseguimos ainda captar a ideia
de DEUS.
Por mais que tenhamos sidos imbuídos ao longo de nossa formação com o conceito
da “morte” como única certeza, ela
ainda não é muito clara em nossas mentes.
Para muitos ela é o fim, outros a vêem como um grande buraco negro que nos conduzirá para outras dimensões ou, para novas moradas, existem ainda aqueles que entendem que ficaremos adormecidos em nossos túmulos aguardando o “Juízo Final” pregado pelos fanáticos, etc. Mesmo aceitando a visão espírita como a mais coerente, dentre as existentes, da vida após a morte, tenho como base de crença que não há uma vida pra além da morte, entendo que a vida começa pelas mãos Criadoras do PAI, e não termina nunca. Ela passa em estágios, atravessando experiências, se construindo, se remontando, se somando, lapidando-nos como um buril de Luz, talhando em nosso perispírito todos os ensinamentos vividos. Por isso não vivemos pra morrer como dizem os existencialistas, nós atravessamos os umbrais para renascer em outro nível.
Ter essa certeza que continuamos dentro dessa grandiosa rede, instalada e administrada por DEUS, soberano amante da vida, nos dá um desafogo maior, uma tranquilidade e firmeza para caminhamos sem medos futuros, e com possibilidades para desfrutar mais de todas as coisas. Mas a grande sacada disso, é que somos nós os engenheiros dos pilares desse futuro, onde a esperança é o componente que dá a liga da massa que unirá os tijolos de nossas estradas. Concordo com Leonardo Boff2 quando afirma que a dinâmica do ser humano é o princípio esperança. Esperança então, não é uma virtude como muitos pregam, mas é aquele motor que sempre nos abrem novos horizontes, que faz com que melhoremos a sociedade, que nos ínsita a lutar para sermos melhores, essa energia é pra mim o que chamamos de DEUS.
Temos a “morte” como um drama e uma angústia. Suportar a separação material é um grande desafio, que em muitos casos não conseguimos superar. Tudo em nós clama por vida sem fim. Paulo (Romanos 7: 24)3 gritava: “Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?”, E respondia (Romanos 7: 25)3: “Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor...”. Essa é mais uma prova irrefragável que a essência do cristianismo é a vida imortal. Então, porque não aceitar que não morremos? Porque insistir com uma ideia de fim, quando tudo nos empurra para o eterno? Paulo nos mostra que a vida se mostrou mais forte que a morte inaugurando assim uma sintropia superior. Criando um significado maior para essa viagem, como um tipo de existência não mais ameaçada pela doença e pela morte. Por isso a continuidade não pode ser entendida como ressurreição, que é a reanimação de um cadáver, a exemplo de Lázaro. Mas como uma revolução dentro da evolução idealizada por DEUS, como um galgar a um tipo de ordem vital não mais submetida à segunda lei da termodinâmica, não gastamos a energia vital, ela é inesgotável. Gastamos sim, os elementos construtores desse escafandro protetor do “eu” imortal, que se transformará através das reencarnações e, de acordo com as necessidades.
Assim a vida mortal se transfigura no processo de evolução, ela alcançou tal densidade de realização que a morte não consegue mais penetrar nela e fazer sua obra devastadora. Meu pai existe, minha sogra existe, nossos amados nos aguardam e, aquela angústia milenar desaparece, enxugando minhas lágrimas e sossegando meu coração, cansado de tanto perguntar por esse sentido de vida imortal. Enfim, o futuro se antecipa e completamente escancarado desemboca feliz, apontando para uma vida além desta que conhecemos.
Independente da fé, a crença na reencarnação, ou simplesmente na continuidade, constitui uma preciosa oferta para todos os que apostam em algo além da vida. Em razão disso, a alternativa não é vida ou morte, mas vida e evolução. Já que, seguimos pela vida a fora como na belíssima canção de Arlindo Cruz4:
“E vai ter sempre à sua frente
Como um rival permanente
Como um eterno oponente
O dia de amanhã
Alegria, surpresa, tristeza, decepção
Palavras sempre vivas nesse mundo cão
Buscando sim, achando o não
E mesmo assim não pode deixar de lutar
E sempre tentando encontrar a luz
Cada vida um destino
Cada destino uma cruz”
Um Operário.
Bibliografia
Para muitos ela é o fim, outros a vêem como um grande buraco negro que nos conduzirá para outras dimensões ou, para novas moradas, existem ainda aqueles que entendem que ficaremos adormecidos em nossos túmulos aguardando o “Juízo Final” pregado pelos fanáticos, etc. Mesmo aceitando a visão espírita como a mais coerente, dentre as existentes, da vida após a morte, tenho como base de crença que não há uma vida pra além da morte, entendo que a vida começa pelas mãos Criadoras do PAI, e não termina nunca. Ela passa em estágios, atravessando experiências, se construindo, se remontando, se somando, lapidando-nos como um buril de Luz, talhando em nosso perispírito todos os ensinamentos vividos. Por isso não vivemos pra morrer como dizem os existencialistas, nós atravessamos os umbrais para renascer em outro nível.
Ter essa certeza que continuamos dentro dessa grandiosa rede, instalada e administrada por DEUS, soberano amante da vida, nos dá um desafogo maior, uma tranquilidade e firmeza para caminhamos sem medos futuros, e com possibilidades para desfrutar mais de todas as coisas. Mas a grande sacada disso, é que somos nós os engenheiros dos pilares desse futuro, onde a esperança é o componente que dá a liga da massa que unirá os tijolos de nossas estradas. Concordo com Leonardo Boff2 quando afirma que a dinâmica do ser humano é o princípio esperança. Esperança então, não é uma virtude como muitos pregam, mas é aquele motor que sempre nos abrem novos horizontes, que faz com que melhoremos a sociedade, que nos ínsita a lutar para sermos melhores, essa energia é pra mim o que chamamos de DEUS.
Temos a “morte” como um drama e uma angústia. Suportar a separação material é um grande desafio, que em muitos casos não conseguimos superar. Tudo em nós clama por vida sem fim. Paulo (Romanos 7: 24)3 gritava: “Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?”, E respondia (Romanos 7: 25)3: “Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor...”. Essa é mais uma prova irrefragável que a essência do cristianismo é a vida imortal. Então, porque não aceitar que não morremos? Porque insistir com uma ideia de fim, quando tudo nos empurra para o eterno? Paulo nos mostra que a vida se mostrou mais forte que a morte inaugurando assim uma sintropia superior. Criando um significado maior para essa viagem, como um tipo de existência não mais ameaçada pela doença e pela morte. Por isso a continuidade não pode ser entendida como ressurreição, que é a reanimação de um cadáver, a exemplo de Lázaro. Mas como uma revolução dentro da evolução idealizada por DEUS, como um galgar a um tipo de ordem vital não mais submetida à segunda lei da termodinâmica, não gastamos a energia vital, ela é inesgotável. Gastamos sim, os elementos construtores desse escafandro protetor do “eu” imortal, que se transformará através das reencarnações e, de acordo com as necessidades.
Assim a vida mortal se transfigura no processo de evolução, ela alcançou tal densidade de realização que a morte não consegue mais penetrar nela e fazer sua obra devastadora. Meu pai existe, minha sogra existe, nossos amados nos aguardam e, aquela angústia milenar desaparece, enxugando minhas lágrimas e sossegando meu coração, cansado de tanto perguntar por esse sentido de vida imortal. Enfim, o futuro se antecipa e completamente escancarado desemboca feliz, apontando para uma vida além desta que conhecemos.
Independente da fé, a crença na reencarnação, ou simplesmente na continuidade, constitui uma preciosa oferta para todos os que apostam em algo além da vida. Em razão disso, a alternativa não é vida ou morte, mas vida e evolução. Já que, seguimos pela vida a fora como na belíssima canção de Arlindo Cruz4:
“E vai ter sempre à sua frente
Como um rival permanente
Como um eterno oponente
O dia de amanhã
Alegria, surpresa, tristeza, decepção
Palavras sempre vivas nesse mundo cão
Buscando sim, achando o não
E mesmo assim não pode deixar de lutar
E sempre tentando encontrar a luz
Cada vida um destino
Cada destino uma cruz”
Um Operário.
Bibliografia
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Lei_da_Termodin%C3%A2mica
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Leonardo_Boff
- http://www.bibliaonline.com.br/acf/rm/7
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Arlindo_Cruz
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