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Incorporado ou não? Eis a questão.



Parafraseando Sócrates, nada sei. Não sou especialista em nada, nem pesquisador considero-me. Quem sabe um curioso das coisas que me rodeiam, leitor talvez. Faço aqui apenas um arranjo, com as flores daqueles que sabem, e a eles saúdo.

Quando iniciei minha caminhada pelo espiritualismo de terreiro (belíssima definição de Swami Sri Rama-tys, ou simplesmente Ramatis, para nossa sagrada Umbanda, que adotarei daqui para frente), algumas questões muito me incomodavam: será que sou eu, ou será que é o espírito? Será que depois de tantos anos estudando sobre a mistificação, estarei agora mistificando? Ou será que minha mediunidade é puramente anímica? Tudo não passa de um sonho, de atavismos que trago de outros momentos que não resolvi, e agora estou exteriorizando através desse trabalho tão maravilhoso? O que pensar?

Essas questões são emblemáticas, no tocante a incorporação na Umbanda, por não haver um estudo mais aprofundado da doutrina. Nós que seguimos esse sagrado caminho, ficamos por vezes perdidos, submetidos a ensinamentos desencontrados, ou sem fundamentação espírita. Porém, como informamos em diversas oportunidades, a base literária da Umbanda vem justamente do espiritismo codificado por Kardec, que alias, não é uma propriedade da filosofia espírita, e sim, ensinamentos dos espíritos. Por esse motivo fico bem à vontade em passar ao leitor amigo, aquela que julgo a melhor comparação para mediunidade.

Diz o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira que a mediunidade é como uma árvore, ou seja, ao educá-la abrimos uma copa para o além, porém, devemos fincar firmemente nossas raízes no plano físico. Como assim? Nos trabalhos incorporamos diversas identidades: caboclos, preto-velhos, crianças, exus, etc. Esses Espíritos nada mais são, que homens ou mulheres, desencarnados buscando sua elevação através do trabalho no bem. Possuidores de individualidades, trejeitos, idéias que nos influenciam de forma efetiva (os médiuns), e que se não possuirmos firmemente nossas identidades, podemos passar rapidamente de atendentes para atendidos na condição de doentes mentais. Portanto, antes de ingressarmos neste caminho, devemos ter em mente nossos objetivos bem delineados, já que, o trabalho não é fácil, exige muito, principalmente no tocante a reforma íntima, e no trato com os demais.

Será que sou eu, ou será que é o espírito?
Essa dúvida é bem frequente entre nós, iniciantes umbandistas, pelo menos, naquele pequeno grupo que consultei por curiosidade.

No inicio tudo era muito complicado, estava na condição de médium mais que consciente (uma classificação que não existe para os pesquisadores, mas para a minha mediunidade naquele momento era a melhor), porque quando estava incorporado, ficava muito mais alerta. O que me possibilitou realizar algumas observações, alterações até muito interessantes que ocorriam, durante e após cada trabalho comigo:

·         Movimentos Involuntários: Mesmo estando consciente de tudo que acontecia, ouvia e via com perfeição tudo ao redor, alguns movimentos que meu corpo realizava sem que eu tivesse controle sobre isso, aconteciam; eram posições estacionárias que eu não conseguia sair; estalar de dedos; movimento dos braços, pernas e pés; etc. Tudo isso me deixava ainda mais confuso, minhas dúvidas cresciam, e minha vontade de desistir também. Isso me deixava desconfortável, até entender que aqueles comandos não partiam do meu cérebro, e sim, de uma vontade externa, de uma personalidade que não havia nenhuma similaridade com a minha. Mesmo sem conhecer a Umbanda, falava e andava como índio; curvava-me igual aos idosos; brincava feito criança; ficava com os músculos rijos como quando nervoso; reverenciava com as mãos; e inúmeras outras coisas que nunca sonhei em fazer.
Isso tudo era muito difícil, sempre fui uma pessoa reservada, não conseguia ver-me jogado ao chão brincando de carrinho, ou coisa parecida. Era como se eu mesmo, tivesse insultando minha intimidade, me ridicularizando. Foi complicado passar por essa fase.
Mas tudo foi se firmando, passei não a gostar dessa situação, mas sim a respeitar essas atitudes involuntárias, entendendo que pertenciam aqueles Espíritos que estavam ali com a permissão de DEUS para através da caridade, ajudar aos nossos irmãos sofredores e necessitados, com seus conselhos, suas brincadeiras, banhos, ervas, etc.     
·         Esquecimento: Muitas coisas passaram a ocorrer nos trabalhos, e eu era um expectador consciente, porém passei a observar que já no dia seguinte, essas ocorrências sumiam como num passe de mágica. Achava aquilo incrível, tentava por diversas vezes, buscar imagens mentais, nomes, conversas, nada, era como num sonho distante, pequenos flash’s, e só, até tudo desaparecer.
Comecei a entender que a essência dos ensinamentos e conselhos ministrados ficavam guardados em minha subconsciência, para que eu mesmo, em situações parecidas pudesse utilizá-las. Afinal, sou como qualquer um, um Espírito trilhando os caminhos até o PAI.
Acredito que a espiritualidade utiliza esse artifício até para preservar o sigilo de cada consulente. Isso se chama “Respeito”.
·         Vibrações: Quando falo de vibrações, refiro-me as tremedeiras que ocorrem com a aproximação de um Espírito comunicante. É como um prenúncio a incorporação, cada qual com sua força, suas irradiações.
Não podemos negar que Espíritos trabalhadores nas linhas de Ogum, Inhasã, exu, por exemplo, exalam uma força diferente dos demais. Os Erês nos remetem a tempos memoriais, onde deixo minha parte ranzinza de lado, dando lugar a alegria, volto a brincar sentado ao chão, com carrinhos, sorrindo. A gula de doces reaparece, uma vontade inesperada de tomar guaraná toma conta do meu ser, e tudo muda...
É bom que fique claro isso, todos os Espíritos, sem exceção, anunciam sua chegada, é como um código para que eu saiba de sua aproximação, e a hora de me concentrar para que haja a conexão, o que chamamos de incorporação.
·         Vícios (Bebidas/Fumos): Sou inimigo ferrenho da bebida e do fumo. A fumaça, por exemplo, me dificulta a respiração, me causando desconforto. Mesmo assim, o senhor Exu das Sete Encruzilhadas bebe e fuma, o baiano Severino e Pai Benedito fumam sem me causar nenhum constrangimento, nem gosto ruim sinto.
Confesso que ainda não consegui uma explicação embasada na ciência para desvendar esse mistério, portanto, ficarei com a que recebi no terreiro por momento. Lá eles ensinam que os Espíritos ao deixarem a conexão levam consigo toda a essência, por esse motivo nada sentimos após. Apesar de não estar convencido, aceito, mas continuo buscando uma explicação coerente, e que com toda certeza existe.
Tudo que ocorre dentro de um trabalho mediúnico, seja um espiritualismo de terreiro, ou em uma sessão espírita, é consistente, e coerente. Por exemplo, os Guias nos terreiros utilizam-se da bebida e do fumo para seus trabalhos. A fumaça mistura-se ao ectoplasma do médium, e transporta-o pelo ambiente, purificando-o e, fortalecendo-o. Das bebidas são retirados os elementos da Natureza que ali estão impregnados para firmar e limpar. Tanto é assim, que pouco se bebe, e o fumo não é tragado, observe.
·         Sintomas Físicos da Incorporação: Sempre fui muito desconfiado com as coisas sem explicação racional, portanto, ser médium era como lutar contra aquilo que acreditava, ou simplesmente fechar meus olhos mergulhando um oceano escuro e, completamente indesvendável.
Quando iniciei meu desenvolvimento mediúnico, notei que certos sintomas começaram aparecer, e isso me deixava curioso, passei a fazer algumas anotações em um caderno, com datas e horas, e fui, após observar que esses sintomas se repetiam, ter um conversa com nossa mãe espiritual sobre o assunto.
Falei que sentia dores de cabeça nas seções, tonturas, e uma vontade muito forte de urinar durante e após os trabalhos. Ela, com toda sua doçura e sabedoria, disse-me que tudo isso acontecia devido às vibrações que chegavam até meu corpo, e por ser médium atraia. Amo e respeito minha doce “mainha”, mas achei a explicação superficial pelo lado cientifico, já que, essa situação estava mexendo com meu corpo. Foi ai que comecei a procurar na Internet uma orientação um pouco mais abrangente, até chegar novamente ao Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, veja:
Palavras do Doutor:A mediunidade por ser uma faculdade de senso percepção, tem um componente orgânico. Inclusive Kardec no Livro dos Médiuns, afirma que mediunidade é biológica, ou seja, quando uma pessoa tem uma interferência espiritual o organismo reage.
Na nossa abordagem de pesquisa na universidade de São Paulo (USP), temos observado o seguinte: quando uma pessoa tem o transe de possessão, ou incorporação, ou seja, quando recebe um Espírito, falando num senso comum. Ocorre aumento da pressão arterial sistólica, que é a pressão alta; aumento do fluxo sanguíneos da cabeça, por exemplo, a interferência de uma entidade negativa pode provocar dores de cabeça; aumento do fluxo renal, quer dizer que após a sessão espírita da vontade de urinar; cai à taxa de glicose, a pessoa pode ter sintomas de tonturas por hipoglicemia, diminuição no nível da glicose no sangue, inexplicáveis, e ligada a essa situação. Há ainda, alteração epileptiformes, como crises parecidas com a epilepsia, com sinais eletroencefalograficos, mas que não configuravam a epilepsia.
Observamos ainda, pessoas que tiveram alteração de comportamento, e até do perfil de conduta”.

A resposta do doutor em hipótese alguma veio substituir aquela ministrada pela “mainha”, a primeira contempla a idéia espiritual, a outra esclarece a luz da ciência, em essência elas de completam.

Será que depois de tantos anos estudando sobre a mistificação, estarei agora mistificando? Ou será que minha mediunidade é puramente anímica?
As pessoas têm uma idéia bem errada sobre essas duas situações, até por ignorarem o significado de cada palavra. Mistifico quando tenho consciência que não estou incorporado, mas mesmo assim, continuo representando por um motivo escuso. Minha mediunidade é anímica, quando acredito firmemente que estou incorporado, e meu cérebro reage me passando toda essa certeza, porém não há um Espírito comunicante, e as idéias expostas são puramente minhas.

Os dois tipos são bem comuns nos centros espíritas, ou nos terreiros umbandistas. Isso por não haver ainda uma forma de analise semiológica para a mediunidade. Como saber quando é a pessoa, ou quando há interferência externa? É difícil responder essa questão. Temos que ficar então, com a orientação dos Guias espirituais que dizem que temos mediunidades a serem desenvolvidas.

O certo é que devemos nos acautelar, ir devagar, e não crer em tudo que falam, não é porque um “Espírito” falou que está certo. Lembre-se, o trabalho é realizado para DEUS. Portanto, deve ser pautado, no amor, na caridade, e na verdade. Se não tem certeza de sua mediunidade, não force, não busque desenvolver aquilo que muitas das vezes não existe. Nada fica escondido aos olhos do Criador, em Gálatas 6: 7 esta escrito: “de DEUS não se zomba, tudo que o homem semear, certamente colherá”. Estudemos, busquemos nos ensinamentos dos mais velhos, bases para nossa certeza, assim, poderemos ser ótimos instrumentos nas mãos dos iluminados seres da Criação.

Tudo não passa de um sonho, de atavismos que trago de outros momentos que não resolvi, e agora estou exteriorizando através desse trabalho tão maravilhoso?
Somos seres imortais da Criação, portanto, por lógica de dedução, se hoje cometemos alguns deslizes ainda, suponho que ontem esses deslizes eram ainda maiores. Por isso, trazemos de momentos anteriores a está reencarnação dívidas que devem ser quitadas, presas aos nossos modelos organizadores, que por exigência das Leis Naturais devem ser extirpadas, para o caminho tornar-se mais suave.

No livro Nos Domínios da Mediunidade, no capítulo “Emersão do Passado” entendemos bem isso. André Luiz relata a estória de uma médium, que trazendo do passado problemas não resolvidos, exterioriza em sessão mediúnica atavismos como se houvesse ali uma personalidade diferente a sua comunicando-se. Que alias, segundo orientação do instrutor de André, deve ser conduzida da mesma maneira, já que, o médium sendo Espírito eterno, também necessita de cuidados.

Em alguns momentos nos trabalhos mediúnicos vamos verificar esses tipos de comportamentos, somos nós exteriorizando nossas negatividades, nossos medos, nossas mazelas guardadas, e que devem ser eliminadas, até para que possamos continuar nosso ciclo, mudar, e sermos úteis na obra do PAI.

Portanto, deixemos aos olhos dos mais experientes os detalhes. Todos somos seres falíveis e, todos podemos sofrer nossos tropeços. Alertemo-nos, existe uma linha muito tênue entre a mediunidade e a loucura; entre o acerto e o erro no campo espírita ou espiritualista. Busquemos, portanto, observar a trave existente em nossos olhos, tentando removê-la para melhor enxergar o caminho que DEUS nos traçou.
       
O que pensar?
É de suma importância que as pessoas entendam que os Espíritos manifestantes nos terreiros de Umbanda, estão buscando seu aperfeiçoamento, seu burilamento, e são, isso fique claro, suscetíveis há falhas. Somente o PAI é perfeito. E somente ELE, e seus Anjos, que estão sob Seu comando direto não erram. Somos todos falíveis, meus irmãos.

No Livro dos Médiuns capítulo vinte “Influência Moral dos Médiuns”, item 266, temos o seguinte:
9. Qual seria o médium que poderíamos considerar perfeito?
— Perfeito? É pena, mas bem sabes que não há perfeição sobre a Terra. Se não fosse assim, não estarias nela. Digamos antes bom médium, e já é muito, pois são raros. O médium perfeito seria aquele que os maus Espíritos jamais ousassem fazer uma tentativa de enganar. O melhor é o que, simpatizando com os bons Espíritos, tem sido enganado menos vezes.
10. Se ele simpatiza apenas com os bons Espíritos, como estes permitem que seja enganado?
— Os Espíritos bons permitem que os melhores médiuns sejam às vezes enganados, para que exercitem o seu julgamento e aprendam a discernir o verdadeiro do falso. Além disso, por melhor que seja um médium, jamais é tão perfeito que não tenha um lado fraco, pelo qual possa ser atacado. Isso deve servir-lhe de lição. As comunicações falsas que recebe de quando em quando são advertências para evitar que se julgue infalível e se torne orgulhoso. Porque o médium que recebe as mais notáveis comunicações não pode se vangloriar mais do que o tocador de realejo, que basta virar a manivela do seu instrumento para obter belas árias.
11. Quais as condições necessárias para que a palavra dos Espíritos superiores nos chegue sem qualquer alteração?
— Desejar o bem e repelir o egoísmo e o orgulho: ambos são necessários.

Portanto caros irmãos, estudemos, busquemos em nós o melhor. A mediunidade quando bem compreendida, quando bem orientada, é ferramenta útil nas mãos sábias da espiritualidade superior. Mas, quando fantasiada, mistificada é armadilha perigosa para os algozes há espreita, que estão sempre atentos as nossas falhas para com elas causar um mal maior aos outros, ou a nós mesmos.

Pense nisso!


Um operário.

Texto corrigido: Profª Simone Moreira Malaspina.

Comentários

  1. Maravilhoso texto, bem explanado, ensinamento muito útil, obrigada!

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    1. Olá Lilian.
      É gratificante saber que o compartilhamento de ideias chegou a você dessa forma. Agradeço de coração suas palavras.
      Seu irmão.

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  2. Fiquei maravilhada com o texto: esclareceu muitas das minhas dúvidas!!! Muita luz ao autor.

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    1. Olá Lucimar,
      É bom saber que as ideias expostas tenham de alguma forma te ajudado. Nosso objetivo já foi alcançado.
      A Umbanda é linda quando seguida e praticada da forma correta. Emmanuel através das abençoadas mãos de Chico disse certa vez: “A maior caridade que podemos fazer ao espiritismo e a sua divulgação”. Eu, portanto, humildemente, digo: “A maior caridade que podemos fazer a Umbanda e esclarecê-la”, assim descortinamos aos olhos dos mais distraídos a verdadeira missão do nosso espiritualismo de terreiro.
      Seu irmão.

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  3. muito bom elucida muitas duvidas parabens.

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    1. Olá Hermínio,
      É bom saber que gostou, isso nos incentiva a continuar com as pesquisas, formando assim novas ideias há compartilhar.
      Agradeço suas palavras, espero que nos visite novamente, deixando assim, novamente suas impressões.
      Seu irmão.

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  4. Olá gostei muitos dos seus post, gostaria que pudesse me tirar uma dúvida , estou começando a frequentar a umbanda , minha dúvida é , quando a pessoa incorpora a matéria ou o medium consegue ver , falar ou algo parecido ?


    Qual a vantagem de ser rodante ?

    Qual a vantagem de ser rodante ?

    Desde de já agradeço .

    Obrigado

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    Respostas
    1. Olá Rodolfo, é muito bom tê-lo conosco.
      A incorporação seja na Umbanda ou no espiritismo, somente para citar as mais conhecidas, se processa da mesma forma. É nada além do que uma ligação de mentes, onde o seu guia espiritual se conecta, isso através da glândula pineal (pesquise Dr. Sérgio Felipe de Oliveira), e passa sua mensagem.
      Existem três tipos básicos de mediunidade: Consciente, inconsciente e semi-inconsciente. A primeira é a mais comum hoje, onde o médium recebe a intuição em sua mente e passa ao consulente, isso sempre alerta. A segunda era mais comum no inicio da Umbanda (Zélio Fernandino de Moraes), isso devido a necessidade da época, e devido a limitação dos fiéis, os espíritos tinham completo controle do corpo do médium, e no final dos trabalhos o médium de nada lembrava. A última existe com maior frequência em médiuns mais antigos, é um misto das duas primeira.
      Sugiro a você a leitura de O Livro dos Médiuns de Allan Kardec.
      Paz e Luz.

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  5. Obrigado pelo texto que trouxe luz a minha mente e a minha fé. Estou passando por isso no fenomeno da incorporação. Seu texto deu luz as minhas duvidas. Hoje posso caminhar com firmeza com os Guias. Obrigado. Um Abraço forte do baiano

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  6. Olá Felipe, é muito bom tê-lo conosco.
    É muito bom saber que nosso texto foi útil. Sugiro, se ainda não o faz, a leitura do pentateuco espirita. Principalmente: O Livro dos Médiuns.
    Nunca deixe de conversar com seus pares, busque sempre orientação, e nunca, nunca deixe de procurar explicação de outras pessoas, como por exemplo, na internet. Com todas as informações nas mãos, tire assim suas conclusões.

    Paz e Luz.
    Um Operário.

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  7. Boa tarde,
    Este texto foi muito útil, desde pequena tive contato com o mundo espirita,vendo espíritos, ouvindo mas nunca quis desenvolver, há duas semanas iniciei em um centro de umbanda como médium e realmente estou muito confusa, pois sinto todas essas reações de incorporação mas ainda não recebi mensagens dos espíritos para que eu possa atender os consulentes, na verdade ainda não me sinto preparada pois não tenho certeza se sou eu mesma ou os espíritos, acho que acontecerá com o tempo, mas fico em transe durante os trabalhos sinto tonteiras, vontade de vomitar, sonolência, mas pelo que eu li é normal. Então o caminho é não desistir e seguir cumprindo minha missão.
    Um grande abraço,

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  8. Olá amiga,
    É muito bom tê-la conosco.
    Você está correta, o caminho é não desistir, creia vontade não faltará, mas a recompensa é indescritível. Não a recompensa amoedada, mas o retorno em sentimentos nobres, como o perdão, a indulgência, o amor ao próximo, e principalmente um profundo sentimento de Paz e Luz.
    A Umbanda não foi criada pelo Caboclo das Sete encruzilhadas para ser a solução dos problemas, mas para se tornar um caminho, ou como um farol a nos guiar nas noites mais escurar de nossas vidas.
    Seja feliz, ame, e cumpra sempre o bem se mantendo humilde, e assim tudo dará certo.
    Paz para seu coração, Luz para sua razão.
    Um operário.

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