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Orixás

Orixás
As definições a seu respeito (e as lendas africanas de onde elas se originam) são várias, mas coinsidem em alguns pontos básicos: os Orixás são divindades intermediárias entre o Deus Supremo e o mundo terrestre, encarregadas de administrar a Criação e que se comunicam com os homens através de complexos rituais. As estórias sobre eles falam-nos de seres profundamente humanos em seu comportamento - arquétipos que encontram correspondência com várias mitologias, entre elas, a greco-romana. 


001 - Jesus Cristo - Oxalá:
Amado Mestrre Jesus
Oxalá, na Umbanda representa o Orixá da paz e principalmente da fé, sempre representado pela imagem do Amado Mestre de Nazaré, nosso grandioso Jesus Cristo. Porém, vale lembrar que essa associação, é muito delicada, já que, Jesus Cristo, Governador do nosso órbe, é o espírito mais elevado que aqui em nosso planeta reencarnou, como alias, representante direto do próprio criador, por tanto, a de se haver cautela quando faz-se essa afirmação

O símbolo do primeiro é uma idá (espada), o do segundo é uma espécie de cajado em metal, chamado ôpá xôrô. A cor de Oxalá é o branco. O dia consagrado para ele é a sexta-feira. Sua saudação é Èpa Bàbá!. O Oxalá é considerado e cultuado como o maior e mais respeitado de todos os Orixás do Panteão Africano. Simboliza a paz é o pai maior nas nossas nações na Religião Africana. É calmo, sereno, pacificador, portanto respeitado por todos os Orixás e todas as nações. A Oxalá pertence os olhos que vêem tudo. Oxalá seja na Umbanda ou no Candomblé é o mesmo Orixá. O que muda da Umbanda para o Candomblé em relação aos Orixás é a forma de manifestação (incorporação), trato, simbolos e assentamentos, vestimentas, imagens etc. Porém, a essência do Orixá é a mesma. Em muitos lugares Oxalá é sincretizado com Jesus Cristo, mas essa associação é perigosa e sem fundamentos, pois Jesus Cristo está acima de qualquer hierarquia religiosa, seja qual for a religião. Ou seja, Jesus Cristo está além de Anjos, Santos, Orixás, etc... Esse sincretismo é uma herança do aculturamento sofridos pelos negros ao longo do período colonial. Uma associação ora forçada pelos Jesuítas na imposição da fé Cristã, ora um símbolo de resistência onde da imagem do Santo Católico, se cultuava os Orixás africanos (por isso as datas dos festejos dos Orixás, coincidem com as dos Santos Católicos). A imposição e a própria resistência acabaram virando práticas populares. As imagens dos Santos Católicos se confundiram com as dos Orixás, não se sabendo onde começa um, e onde termina o outro. Porém, dentro do terreiro, ao som dos atabaques, pode até ter a imagem dos Santos, mas quem incorpora são os Orixás.
Oxalá

Podem cantar pontos onde se escuta o nome de São Jorge, por exemplo, mas quem monta no "cavalo" é Ogum. Hoje em dia muitos terreiros estão deixando as imagens Católicas e cultuando os Orixás baseados em seus elementos, tais como: águas de Oxum, Ferro de Ogum, Otá (pedra) de Xangô. Ou utilizando-se de assentamentos, onde ali é colocada uma parte da essência do médium e parte da essência do Orixá.
Definição energética:
Trono natural da Fé, primeira razão do movimento do Universo, campo de atuação primeiro regendo a religiosidade dos seres, ou a crença que têm para o positivismo. De natureza elemental cristalina, cuja presença se encontra em todos as outras vibrações de ordem divina como base. Dos textos antigos já se tem o nome Cristo como cristal, ou cristalino, e essa referência de todos os mestres da luz que vieram à nascer na matéria para guiar a humanidade. Suas ondas magnetizadoras despertam a ética nos seres, ou seja a base das religiões, algumas dessas ondas chegam até os nossos olhos cruzadas o que tornou o símbolo da cruz aquele a ser deixado como referência pelo nosso Mestre Cristo


002 - Baiano:

Baiano
Baianos são uma linha de trabalhadores de Umbanda pertencentes à chamada Linha das Almas, a mesma dos Pretos-Velhos / Pretas-Velhas. Suas giras são encontradas sobretudo em São Paulo. A correspondência no Rio de Janeiro é com a linha dos Malandros, cujo maior representante é Zé Pelintra. Outras linhas trabalham na gira dos baianos como por exemplo: Boiadeiros, Marinheiros e em alguns terreiros os Mineiros.

Sempre com seu coco (mistura de cachaça e mel colocada dentro de um coco), a linha baiana está sempre disposta a ajudar os filhos de fé com seus conselhos e sua proteção. Esta linha trabalha tanto na Umbanda quanto na Quimbanda, geralmente não descendo nos trabalhos de esquerda (exceto Zé Pelintra), mas tendo a sua permissão para atuar na Quimbanda no plano espiritual.

Alguns conhecidos:
- Amigo do Vitorino
- Mané Baiano
- Zé Baiano
- Zé da Estrada
- Zé da Estrada e dos Trilhos
- Zé do Côco
- Zé do Côco de Pernambuco
- Zé Tenório
- Zé Pereira
- Zeca do Côco
- Zézinho Bahiano
- Chico Baiano
- João Baiano
- Severino


003 - Boiadeiro:
Boiadeiro
Boiadeiro na Umbanda são entidades espirituais de homens que trabalham no campo na rudeza da conduçao de gado e bois, operam nos terreiros com seu laço, chapel e cigarro de palha e seu grito caracteristico captura espíritos decaidos que atormentam os consulentes, encaminhando para guias espirituais de socorros destes seres desencarnados. Trabalham na irradiação de OYÁ, Orixa que trabalha na linha do tempo.

Alguns Nomes:
- Zé do laço
- Zé da campina
- Tião
- Zé do facao
- Zé mineiro
- Zé pilintra


004 - Caboclo:
Caboclo
Os Caboclos, na Umbanda, são entidades que se apresentam como indígenas e incorporam também no Candomblé de Caboclo.

As entidades assim denominadas que se apresentam nos terreiros de Umbanda são espíritos com um certo grau espiritual de evolução.

Geralmente se utilizam de charutos para provocar a descarga espiritual de seu médium e também do seu consulente. Alguns assoviam, outros bradam no ato da incorporação. Costumam ser bastante sérios nos seus conselhos. São considerados, portanto, grandes trabalhadores dos terreiros.

Alguns caboclos na Umbanda:
- Cabocla Araci
- Cabocla Baianinha
- Cabocla Brava Cabocla
- Cabocla Caçadora
- Cabocla Coral da Mata
- Cabocla Diana da Mata
- Cabocla Estrela de Cristal
- Cabocla Guaraciar
- Cabocla Helena
- Cabocla Iara
- Cabocla Indaiá
- Cabocla Iracema Flecheira
- Cabocla Itapotira
- Cabocla Jacira
- Cabocla Janaina
- Cabocla Jandira
- Cabocla Jandira Flecheira
- Cabocla Jarina

- Cabocla Jupiara
- Cabocla Jupira
- Cabocla Jurema
- Cabocla Jurema do Rio
- Cabocla Jurema do Mar
- Cabocla Jurema Flecheira
- Cabocla Jurema da Cachoeira
- Cabocla Juremera
- Cabocla Jureminha
- Cabocla Juruena
- Cabocla Jussara
- Cabocla Mariana
- Cabocla Murambinha
- Cabocla Sete Estrelas
- Caboclinha da Mata
- Caboclo Águia Azul
- Caboclo Águia Branca
- Caboclo Águia da Mata
- Caboclo Aimberê
- Caboclo Aimoré
- Caboclo Aracati
- Caboclo Araguaia
- Caboclo Arapongas
- Caboclo Arapuança
- Caboclo Araraguara
- Caboclo Arara Verde
- Caboclo Araribóia
- Caboclo Araúna
- Caboclo Araraúna
- Caboclo Arranca Toco
- Caboclo Arruda
- Caboclo Beira Mar
- Caboclo Boiadeiro
- Caboclo Bororó
- Caboclo Brogotá
- Caboclo Caçador
- Caboclo Caiçara
- Caboclo Calmaria
- Caboclo Capitão da Mata
- Caboclo Caramuru
- Caboclo Carijó
- Caboclo Catumbi
- Caboclo Cipó
- Caboclo Cobra Coral
- Caboclo Coração da Mata
- Caboclo Corisco
- Caboclo Curumataí
- Caboclo da Mata
- Caboclo do Fogo
- Caboclo do Oriente
- Caboclo do Sol
- Caboclo do Vento
- Caboclo Estrela
- Caboclo Flecha Dourada

- Caboclo Flexa Dourada
- Caboclo Flecha Ligeira
- Caboclo Flecheiro
- Caboclo Gira Mundo
- Caboclo Girassol
- Caboclo Guaraci
- Caboclo Guarani
- Caboclo Humaitá
- Caboclo Inca
- Caboclo Jaborandi
- Caboclo Jibóia
- Caboclo João da Mata
- Caboclo Junco Verde
- Caboclo Jurambô
- Caboclo Juremero
- Caboclo Laçador
- Caboclo Lage Grande
- Caboclo Lírio Verde
- Caboclo Lua
- Caboclo Marajó
- Caboclo Mata Virgem
- Caboclo Mirim
- Caboclo Oxu Maré
- Caboclo Okêro
- Caboclo Olho de Lobo
- Caboclo Onça-Pintada
- Caboclo Oxósse da Mata
- Caboclo Pantera Negra
- Caboclo Pedra Branca
- Caboclo Pedra Dourada
- Caboclo Pedra Negra
- Caboclo Pedra Preta
- Caboclo Pele Vermelha
- Caboclo Pena Azul
- Caboclo Pena Branca
- Caboclo Pena Dourada
- Caboclo Pena Marrom
- Caboclo Pena Preta
- Caboclo Pena Roxa
- Caboclo Pena Verde
- Caboclo Pena Vermelha
- Caboclo Peri
- Caboclo Poti
- Caboclo Quebra Demanda
- Caboclo Quebra Galho
- Caboclo Rei da Mata
- Caboclo Rompe Folha
- Caboclo Rompe Mato
- Caboclo Roxo
- Caboclo Samambaia
- Caboclo Serra Verde
- Caboclo Serra Negra
- Caboclo Sete Cachoeiras
- Caboclo Sete Cobras
- Caboclo Sete da Lira
- Caboclo Sete Demandas
- Caboclo Sete Encruzilhadas (Iniciador da Umbanda no Brasil)
- Caboclo Sete Espadas
- Caboclo Sete Estrelas
- Caboclo Sete Flechas
- Caboclo Sete Folhas Verdes
- Caboclo Sete Folhas da Mata Virgem
- Caboclo Sete Montanhas
- Caboclo Sete Pedras Douradas
- Caboclo Sete Pedreiras
- Caboclo Sete Penas Douradas
- Caboclo Sultão da Mata
- Caboclo Tapindaré
- Caboclo Tibiriçá
- Caboclo Tira Teima
- Caboclo Treme Terra
- Caboclo Tupã
- Caboclo Tupi
- Caboclo Tupi Guarani
- Caboclo Tupinambá
- Caboclo Tupinambá da montanha
- Caboclo Tupiniquim
- Caboclo Tupiraja
- Caboclo Ubirajara Flecheiro
- Caboclo Ubirajara Peito de Aço
- Caboclo Ubiratan
- Caboclo Umuarama
- Caboclo Urubatan
- Caboclo Urucutum
- Caboclo Vence Tudo
- Caboclo Ventania
- Caboclo Vigia das Matas
- Caboclo Vira Mundo
- Cacique "Cablocos Coroados"



005 - Exu:
Exu
Exus na Umbanda, de acordo com a crença religiosa, são espíritos de diversos níveis de luz incorporam nos médiuns de Umbanda, Omolokô, Catimbó, Batuque, Santo Daime, Xambá e Candomblé de Caboclo.

Nos candomblés de ketu e Jeje não há incorporação de espíritos oficialmente, já nos candomblés de Angola podem-se encontrar casas que adotem a incorporação de Exus, Pomba-giras, Boiadeiros e Marinheiros.

Porém, o Exu, cultuado somente no candomblé, não incorpora para dar consulta, diferentemente do Exu de Umbanda, considerado uma entidade.

Exu na Umbanda
Pomba-Gira
Na Umbanda não se manifesta o próprio Orixá, por meio da incorporação, mas sim seus mensageiros ou falangeiros, espíritos que vêm em terra para orientar e ajudar. Quando incorporam, se caracterizam alguns com capas, cartolas, bengalas (masculinos), e saias rodadas, brincos, pulseiras, perfumes, rosas (femininos, também chamados de Pombo-giras). Mas não necessariamente os médiuns se utilizam destas vestimentas para a incorporação. Cada terreiro trabalha de uma forma diferente, alguns centros uniformizam a roupa dos médiuns, onde todos vestem branco.

Natureza e incorporação de Exus
Encontramos aqueles que crêem que os Exus são entidades (espíritos) que só fazem o bem, e outros que crêem que os Exus podem também ser neutros ou maus. Observa-se que, muitas vezes, os médiuns dos terreiros de Umbanda - e mesmo de Candomblé - não têm uma idéia muito clara da natureza da(s) entidade(s), quase sempre, por falta de estudo da religião. Na verdade, essa Entidade não deve ser confundida com o (obsessores), apesar de transitar na mesma Linha das Almas, sendo o seu dia a segunda-feira, ficando sob o seu controle e comandando os espíritos atrasadíssimos na evolução e que são orientados pelos Exus para que consigam evoluir através de trabalhos espirituais feitos para o bem.

Sua função mítica é a de mensageiro, o que leva os pedidos e oferendas dos homens aos Orixás, já que o único contato direto entre essas diferentes categorias só acontece no momento da incorporação, quando o corpo do ser humano é coligado ao seu Exu por meio dos chacras. É ele quem traduz as linguagens humanas para os seres superiores. Por isso, é imprescindível a sua presença para a realização de qualquer trabalho, porque é o único que efetivamente assegura em uma dimensão o que está acontecendo na outra, abrindo os caminhos para os Orixás se aproximarem dos locais onde estão sendo cultuados. Possuem a função também de proteger o terreiro e seus médiuns.

O poder de comunicar e ligar confere a ele também o oposto, a possibilidade de desligar e comprometer qualquer comunicação. Se possibilita a construção, também permite a destruição. Esse poder foi traduzido mitologicamente no fato de Exu habitar as encruzilhadas, cemitérios, passagens, os diferentes e vários cruzamentos entre caminhos e rotas, e ser o senhor das porteiras, portas de entradas e saídas.

Há algumas diferenças na maneira de ver Exu no Candomblé e na Umbanda. No primeiro, Exu é como os demais Orixás, uma personalização de fenômenos e energias naturais. O Candomblé considera que as divindades, ou seja os Orixás, incorporam nos médiuns (cavalos ou aparelhos). Na Umbanda, quem incorpora nos médiuns, além dos Caboclos, Pretos Velhos e Crianças, são os Falangeiros de Orixás, representantes deles, e não os próprios.

A Umbanda considera os Exus não como deuses, mas como entidades em evolução que buscam, através da caridade, a evolução. Em síntese, o grande agente mágico do equilíbrio universal. Também é o guardião dos trabalhos de magia, onde opera com forças do astral. E também são considerados como "policiais", "sentinelas", "seguranças" que agem pela Lei, no submundo do "crime" organizado e principalmente policiando o Médium no seu dia-a-dia. As "equipes" de Exus sempre estão nestas zonas infernais, mas, não vivem nela.

Obedecem a severa hierarquia nos comandos do astral, se classificando também como Exus cruzados, espadados e coroados.

Esses espíritos utilizam-se de energias mais "densas" (materiais). Nota-se que essas entidades podem realizar trabalhos benignos, como curas, orientação em todos os setores da vida pessoal dos consulentes e praticar a caridade em geral. A condição de Exu para um espírito é transitória, podendo este, uma vez redimidas suas dívidas perante a Lei Divina, seguir no mundo dos espíritos em escalas mais elevadas de evolução. Essas falanges, e outras, são a divisão ou escala à qual pertencem os espíritos, mais ou menos equivalentes à escala espírita definida por Allan Kardec.

-- O Livro dos Espíritos - Parte Segunda - Mundo espírita ou dos espíritos - Capítulo 1 - dos Espíritos - Diferentes ordens de Espíritos --

Questão 96: Os Espíritos são iguais ou há entre eles alguma hierarquia?
- Eles são de diferentes ordens (escalas), de acordo com o grau de perfeição a que chegam.


-- Escala espírita --

- Terceira ordem - Espíritos imperfeitos;
- Segunda ordem - Bons Espíritos;
- Primeira ordem - Espíritos puros.

-- Allan Kardec - O Livro dos Espíritos - 1857 --

Obs: para maior esclarecimento sobre a escala dos espíritos, sugerimos a leitura da obra acima.

Os trabalhos malignos (os tão famosos "pactos com o diabo"), como matar por exemplo, não são acordos feitos com os Exus, mas com os Kiumbas que agem na surdina e não estão sob a orientação de nenhum Exu, fazendo-se passar por um deles, atuando em terreiros que não praticam os fundamentos básicos da Umbanda que são: existência de um Deus único, crença de entidades espirituais em evolução, crença em Orixás e Santos chefiando falanges que formam a hierarquia espiritual, crença em guias mensageiros, na existência da alma, na prática da mediunidade sob forma de desenvolvimento espiritual do médium, e o uso de ervas e frutos. Jamais maldades, e caridade acima de tudo.

Os Exus são confundidos com os Kiumbas, que são espíritos trevosos ou obsessores, são espíritos que se encontram desajustados perante a Lei, provocando os mais variados distúrbios morais e mentais nas pessoas, desde pequenas confusões, até as mais duras e tristes obsessões. Exu é neutro, não é bom nem mau, pode fazer o bem ou o mal, desde que a ele isso seja pedido e lhe seja dada em troca uma oferenda estabelecida (são interesseiros). Quando faz o mal, a responsabilidade recai sobre ele, Exu, e sobre quem lhe solicitou o mal. Como a prática do mal sempre lhe atrasa a evolução, acaba se voltando contra a pessoa que lhe solicitou a empreitada maléfica. Os Kiumbas, assim como o Diabo dos Católicos, são espíritos que se comprazem na prática do mal, apenas por sentirem prazer ou por vingança, calcada no ódio doentio. Aguardando, enfim, que a Lei os "recupere" da melhor maneira possível (voluntária ou involuntariamente). Vivem no baixo astral, onde as vibrações energéticas são densas. Esse baixo astral é uma enorme egrégora formada pelos maus pensamentos e atitudes dos espíritos encarnados ou desencarnados. Sentimentos baixos, vãs paixões, ódios, rancores, raivas, vinganças, sensualidade desenfreada, vícios de toda estirpe, alimentam essa faixa vibracional e os Kiumbas se comprazem nisso, já que se sentem mais fortalecidos.

O verdadeiro Exu não faz mal a ninguém. Alguns Exus foram pessoas como políticos, médicos, advogados, trabalhadores, pessoas comuns, padres etc., que cometeram alguma falha e escolheram - ou foram escolhidos para - vir nessa forma a fim de redimir seus erros passados. Outros são espíritos evoluídos que escolheram ajudar e continuar sua evolução atendendo e orientando as pessoas, e combatendo o mal. Em seus trabalhos de magia, Exu corta demandas, desfaz trabalhos malignos, feitiços e magia negra, feitos por espíritos obscuros, sem luz (Kiumbas). Ajudam a limpar, retirando os espíritos obsessores e os encaminhando para luz ou para que possam cumprir suas penas em outros lugares do astral inferior.

A Doutrina Espírita os trata como espíritos imperfeitos, almas dos homens que, por terem cometido crimes perante a Lei Divina, são submetidos a difíceis provas, cujo único objetivo é o de que possam compreender a extensão do mal que praticaram em outras vidas.

Uma verdadeira casa de caridade é sempre reconhecida pela gratuidade dos serviços prestados a quem procura ajuda em um Centro Espírita ou Centro de Umbanda.

Alguns espíritos, que usam indevidamente o nome de Exu, procuram realizar trabalhos de magia dirigida contra os encarnados. Na realidade, quem está agindo é um espírito atrasado. É justamente contra as influências maléficas, o pensamento doentio desses feiticeiros improvisados, que entra em ação o verdadeiro Exu, atraindo os obsessores, cegos ainda, e procurando trazê-los para suas falanges que trabalham visando à própria evolução.

O chamado “Exu Pagão” é tido como o marginal da espiritualidade, aquele sem luz, sem conhecimento da evolução, trabalhando na magia para o mal, embora possa ser despertado para evoluir de condição.

Já o Exu Batizado, é uma alma humana já sensibilizada pelo bem, evoluindo e, trabalhando para o bem, dentro do reino da Quimbanda, por ser força que ainda se ajusta ao meio, nele podendo intervir, como um policial que penetra nos reinos da marginalidade.

Não se deve, entretanto, confundir um verdadeiro Exu com espíritos zombeteiros, mistificadores, obsessores ou perturbadores, que recebem a denominação de Kiumbas e que, às vezes, tentam mistificar, iludindo os presentes, usando nomes de "Guias".

Para evitar essa confusão, não damos aos chamados “Exus Pagãos” a denominação de “Exu”, classificando-os apenas como Kiumbas. E reservamos para os ditos “Exus Batizados” a denominação de “Exu”.

Existem 7 hierarquias de exus, denominados como Exu Coroados; São eles: Exu Sete Encruzilhada, Exu Veludo, Exu Tranca Rua, Exu Caveira, Exu Tiriri, Exu Marabô e Pomba Gira ou Pombo gira (Exu Feminino).

São Exus evoluídos e chamados de Exus Coroados, porque eles podem trabalhar nas linhas de espíritos evoluídos, como na linha de Caboclos.

Alguns Exus

- Exu Arranca Toco
- Exu Asa Negra
- Exu Belzebu
- Exu Brasa
- Exu Brasinha
- Exu Calunga
- Exu Calunguinha
- Exu Capa Preta da Encruzilhada
- Exu Capa Preta
- Exu Capa Preta do Cemitério
- Exu Capoeira
- Exu Carranca
- Exu Catacumba
- Exu Caveira
- Exu do Cemitério
- Exu Cobra
- Exu Corcunda
- Exu Corrente
- Exu Desmancha Tudo
- Exu Destranca Ruas
- Exu Duas Cabeças
- Exu Maré
- Exu Facada
- Exu Ganga
- Exu Gato Preto
- Exu Gira Mundo
- Exu João Caveira
- Exu da Campina
- Exu da Morte
- Exu do Lodo
- Exu do Tronco
- Exu Lorde da Morte
- Exu Lúcifer
- Exu Mangueira
- Exu Marabô
- Exu Matança
- Exu das Matas
- Exu Meia Noite
- Exu Morcego
- Exu Mulambo
- Exu Pedra Preta
- Exu Pimenta
- Exu Pinga-Fogo
- Exu Pirata do Mar
- Exu Ponto Maioral
- Exu Porteira
- Exu Quebra Galho
- Exu Rei
- Exu Rei das 7 Encruzilhadas
- Exu Rei das Trevas
- Exu Sete Brasas
- Exu Sete Buracos
- Exu Sete Caminhos
- Exu Sete Campas
- Exu Sete Catacumbas
- Exu Sete Caveiras
- Exu Sete Covas
- Exu Sete Cruzes
- Exu Sete Encruzilhadas
- Exu Sete Estradas
- Exu Sete Espadas
- Exu Sete Facadas
- Exu Sete Garfos
- Exu Sete da Lira
- Exu Sete Montanhas
- Exu Sete Poeiras
- Exu Sete Porteiras
- Exu Sete Queimadas
- Exu Tatá Caveira
- Exu Teimoso
- Exu Tiriri
- Exu Toquinho
- Exu Tranca-Dos Quintos dos Infernos 
- Exu Tranca-Gira
- Exu Tranca-Ruas
- Exu Tranca-Ruas das Almas
- Exu Tranca-Ruas de Embaré
- Exu Tranca-Ruas das Encruzilhadas
- Exu Tranca-Ruas das Matas
- Exu Tranca-Ruas do Mar
- Exu Tranca Tudo
- Exu Tronqueira
- Exu Veludinho
- Exu Veludo da Encruzilhada
- Exu Veludo da Mata
- Exu Veludo das Almas
- Exu Veludo das Sete Encruzilhadas
- Exu Ventania
- Exu Vira-Mundo
- Exu Quebra-Barranco
- Exu Cascavel


006 - Ogum
Ogum
Ogum é um orixá cultuado nas religiões de Umbanda e Candomblé, correspondendo a São Jorge, na Igreja Católica no sincretismo religioso. Seu dia é o 23 de abril.

Logum ou Ologum (olo = senhor, Gum = guerra, ou seja, o senhor da guerra ou guerreiro) é uma divindade da cultura Iorubá, região onde localiza-se hoje a Nigéria. Nos domínios de Obéocutá, seu culto era essencialmente agrário, como ainda o é, é a divindade do ferro, quem produz as ferramentas necessárias ao cultivo. Nesta Região, poucos são os que dominam a arte de funndir e moldar o ferro de forma manual. Por isso, todos que dominam esta técnica são protegidos de Ogum. Na Africa, a organização teológica funciona difrente à forma como se desenvolve a religiosidade afro no Brasil. Lá, as pessoas acreditam que a divindade Iorubá é um ancestral comum aos moradores da tribo, cidade, ou etnia. No caso, grande parte das pessoas que praticam as religiões "tradicionais" da região de Obéocutá, acreditam que Ogum seria seu ancestral divinizado. Quanto ao mito, ogum é lembrado como conquistador e caçador, a quem sempre defendeu os seus e sempre proveu de alimentos sua tribo. Contudo, no Brasil seu mito muda de aspecto, devido a lógica da escravidão, os africanos acabam por exaltar outros aspectos desta divindade, de forma a contemplar seus anseios, buscando se livrar dos castigos dos seus senhores, passavam então a privilegiar o aspecto guerreiro e violênto da divindade. Ogum é o guerreiro, general destemido e estratégico, é aquele que veio para ser o vencedor das grandes batalhas, o desbravador que busca a evolução.

Defensor dos desamparados, segundo a lenda, Ogum andava pelo mundo comprando a causa dos indefesos, sempre muito justo e benevolente. Ele era o ferreiro dos orixás, senhor das armas e dono das estradas. Irreverente, pois é um orixá valente, traz na espada tudo o que busca.

É o protetor dos policiais, ferreiros, escultores, caminhoneiros e todos os guerreiros.

Santo correspondente na Igreja Católica: São Jorge no Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. Santo António de Pádua na Bahia.

Cores predominantes de ogum nas guias: Azul marinho no Candomblé. Vermelho na Umbanda, sendo que na Umbanda do Rio Grande do Sul muitos terreiros utilizam o verde, vermelho e branco. Entretanto as cores são determinadas pelo guia e conforme o reino em que trabalham e para qual Orixá.

Na Umbanda há diversos falangeiros seus como:
- Ogum Beira-Mar
- Ogum Marinho
- Ogum 7 Ondas
- Ogum 7 Cachoeiras
- Ogum Megê
- Ogum Timbiri
- Ogum Yara
- Ogum Dilê
- Ogum Matinata
- Ogum Rompe Mato
- Ogum 7 Espadas
- Ogum de Malê das Matas
- Ogum 7 Escudos
- Ogum 7 Lanças entre outros

Fontes:
   - 001 Oxalá:
      - Wikipédia Brasil.
     - Evangelho Segundo o Espíritismo - Allan Kardec -- FEB.
     - Biblía Sagrada.
   - 002 Baiano:
      - Wikipédia Brasil.
   - 003 Boiadeiro:
      - Wikipédia Brasil.
     - http://www.artefolk.com.br.  
   - 004 Caboclo:
     - Wikipédia Brasil.
     - http://www.espiritualidades.com.br/Artigos_M_R/Prandi_Reginaldo_danca_caboclos.htm.
      - http://www.cabanarompemato.net.
   - 005 Exu:
     - Laroie exu: Um estudo sobre a Umbanda e a Quimbanda, em Cuiabá, 1989.
     - O Livro dos Espíritos - Allan Kardec -- FEB.
   - 006 Ogum:
     - As Religiões Africanas no Brasil, São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.
     - Orun Aiye: o encontro de dois mundos. Rio de Janeiro: madras. 2006.
     - http://www.your-soul.com.
     - Wikipédia Brasil.

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Incorporado ou não? Eis a questão.

Parafraseando Sócrates, nada sei. Não sou especialista em nada, nem pesquisador considero-me. Quem sabe um curioso das coisas que me rodeiam, leitor talvez. Faço aqui apenas um arranjo, com as flores daqueles que sabem, e a eles saúdo. Quando iniciei minha caminhada pelo espiritualismo de terreiro ( belíssima definição de Swami Sri Rama-tys , ou simplesmente Ramatis , para nossa sagrada Umbanda, que adotarei daqui para frente ), algumas questões muito me incomodavam: será que sou eu, ou será que é o espírito? Será que depois de tantos anos estudando sobre a mistificação, estarei agora mistificando? Ou será que minha mediunidade é puramente anímica? Tudo não passa de um sonho, de atavismos que trago de outros momentos que não resolvi, e agora estou exteriorizando através desse trabalho tão maravilhoso? O que pensar? Essas questões são emblemáticas, no tocante a incorporação na Umbanda, por não haver um estudo mais aprofundado da doutrina. Nós que seguimos esse sagrado c

Dízimo da Umbanda

“Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.” M alaquias 3: 8-10   Nosso espiritualismo de terreiro segue a premissa Cristã do daí de graça, aquilo que de graça recebeu, pelo menos, em determinados terreiros. Forte argumento que demonstra que o único interesse de Cristo era, sem dúvida alguma, a salvação. Porém, devemos entender que a casa espiritualista que frequentamos e trabalhamos têm suas obrigações: são impostos, contas de consumo, suprimentos para os trabalhos, entre muitas outras despesas, o que todos devem concordar não ser justo ficarem unicamente sobre

Quiumbas

A minha pequena experiência me indica o quanto é importante o estudo, principalmente para aqueles que desejarem se enveredar por esse difícil caminho do trabalho espiritualista. Porém, em nosso espiritualismo de terreiro a questão “estudo” é pouco cogitada, e sempre deixada em segundo plano, ou pior, até mesmo nunca aplicado nos centros umbandistas. Com isso a possibilidades de equívocos são enormes, facilitando demasiadamente a atuação dos quiumbas nas giras, assim, perturbando e desequilibrando o ambiente.   Mas o que são quiumbas? Kiumbas , Quiumbas ou Exus pagãos , são espíritos trevosos ou obsessores . No site Wikipédia encontramos uma definição bem abrangente. Quiumba esclarece o site:   “São espíritos que se encontram desajustados perante a Lei, provocando os mais variados distúrbios morais e mentais nas pessoas, desde pequenas confusões, até as mais duras e tristes obsessões. Se comprazem na prática do mal , apenas por sentirem prazer ou por vinganças , calcad