Unir força para vencer um mal
maior, essa é a definição mais abrangente do sincretismo na Umbanda. Nossa
filosofia, apesar de não apresentar certa uniformidade de culto, ainda sim, tem
organização, e seus seguidores em sua maioria se norteiam pelas instruções
iniciais do Caboclo das Sete
Encruzilhadas.
A Umbanda não possui uma base literária, busca e aplica esse
conhecimento em idéias coerentes com as Leis
Divinas, e sempre embasadas no amor e na caridade. Acredito que a conceito
do sincretismo
que possuímos, encontra-se bem descrito no livro “Moralidades” de Plutarco, onde
no capítulo “Amor Fraternal” explica
que os cretenses em nome da luta contra o mal, esqueciam-se de suas
diferenças, ou seja, uniam suas forças díspares, em busca de fortalecimento, do
crescimento acima das adversidades, para apoiar seus semelhantes nas
tribulações da vida.
A Umbanda é justamente isso:
retira do espiritismo, do catolicismo, da pejelança, e dos cultos africanos,
sua força de contato e de culto. Ela na condição de religião espiritualista prega a existência pacífica e o respeito
ao ser humano, à natureza, o Espírito, e a DEUS. Apesar de ser muito
descriminada pelos que desconhecem suas regras e cultos, respeita todas as
manifestações de fé, independentes da religião.
Não há dogmas ou liturgia universalmente adotados entre os
praticantes, o que permite uma ampla liberdade de manifestação da crença e
diversas formas válidas de culto. O que é alias uma grande “pedra no sapato”, ja que, essa falta de
uniformidade, leva alguns dirigentes a conduzir seus trabalhos de forma atrapalhada, praticando uma umbanda fora do
conceito correto, manchando assim, seu caminho, e abrindo imensas laculas para
as mais diversas interpretações contrarias a real imagem de amor e luz, que ela
possuí.
Um desses pontos “esquecidos” pelos pais e mães de santos profissionais, e
aquele contido em Mateus 10: 8 “... de graça recebestes, de graça dai”.
A pratica mediunica como fonte de sustento, ou de forma profissional, é errada,
e contraria as regras ditadas por seu fundador. Portanto, afaste-se dos
enganadores de poste, esse tipo de pratica, é contraria a caridade, e
somente lhe apresentará uma coisa: o
sofrimento. Se deseja algo para sua vida, busque sim os bons Espíritos,
eles lhes inspirarão no bom caminho, e lhes ajudarão através do seu mereciomento, e
sempre amparados nas LEIS de DEUS.
O sincretismo com o catolicismo e os seus santos mantém-se na
Umbanda, apenas por uma questão de tradição, pois, anteriormente fazia-se
necessário como uma forma de não impressionar os mais distridos,
e para que não fosse visto como algo estranho e desconhecido, e, portanto,
perseguido ou anatematizado. Porém, em
meu entendimento, esse cenário mudará em breve, as representações
alegóricas que hoje vemos nos gongares, darão lugar aos elementos naturais, ou
centros de forças dos orixás, servindo assim como ferramenta útil nas mãos dos
Guias que ali se manifestam. Essas pontes de ligação hoje ainda tão necessárias
desaparecerão, e em seus lugares os elementais, Principios Divinos, que surgirão para juntos com esses trabalhadores de DEUS,
fazer da nossa Umbanda Sagrada fonde de muita LUZ e PAZ. Porém,
somente para os que ainda continuarem a trilhar seus caminhos neste sacrossanto
planeta de provas, expiações, e futura regeneração, nosso lugar, aquele que foi preparado por Jesus
(João 14: 1-3).
Um operário.
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